fonte: O Globo
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, dia 13, que as 1.397 vagas do Mais Médicos que estavam disponíveis para profissionais brasileiros com diploma estrangeiro foram preenchidas. Com isso, todas as vagas do programa foram destinadas a médicos brasileiros.
Após a saída dos profissionais cubanos do programa, em novembro do ano passado, 8.517 vagas foram oferecidas. Segundo o ministério, não deve haver chamada para profissionais de outros países para o programa.
A lista com as vagas remanescentes em 667 localidades foi publicada ontem no site do programa. Os 3.822 candidatos aptos tinham até as 18h de hoje para escolherem as cidades de atuação. No entanto, todas as vagas foram ocupadas antes das 9h de ontem.
Será divulgado no dia 19 deste mês a lista completa dos profissionais alocados em cada localidade. Os médicos brasileiros formados no exterior terão entre os dias 19 e 22 de fevereiro para se apresentarem nos municípios.
Com a saída dos cubanos que trabalhavam no programa, em razão das divergências entre o governo daquele país e o presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde lançou um edital para o preenchimento das vagas.
Nas primeiras etapas houve dificuldade para alocar médicos, principalmente para municípios de extrema pobreza e distritos sanitários especiais indígenas .
Outro problema foi que a abertura de vagas no Mais Médicos, com salários de R$ 11,8 mil, acabou provocando uma onda migratória de profissionais que já atuavam na atenção básica, sobretudo nas equipes de Saúde da Família. O problema foi detectado pelo GLOBO, no final de novembro, em três estados.
Na Bahia, 53% dos cerca de 750 médicos selecionados com nomes divulgados entre os gestores trabalhavam na rede de saúde de outros municípios. No Rio Grande do Norte, essa taxa atingiu 70,5% entre os 139 profissionais alocados no estado. A Paraíba detectou que 60% de 128 médicos que se apresentaram para ocupar vagas deixadas por cubanos estão saindo de seus postos nas equipes de Saúde da Família.